O
facto de a Mongólia ter uma baixa densidade populacional (1.4 por km2), faz com
que o seu povo seja curioso e amistoso. A hospitalidade é uma necessidade e não
uma obrigação.
Os mongóis formam um grupo étnico que habita
as estepes da Ásia Central. A sua existência é documentada desde o século VIII.
Os mongóis formaram sociedades complexas na Idade Média, especialmente no
Império Mongol e, depois, sob Tamerlão. A partir do século XVI, os mongóis
passaram a adotar o budismo tibetano e foram subjugados à Dinastia Qing
chinesa. Com o colapso dessa Dinastia, no século XX, o estado soberano da
Mongólia foi criado. Os mongóis vivem também na província chinesa da Mongólia
Interior e no sul da Rússia.
Os
mongóis descendem dos uigures (um povo turco) que dominaram a região até ao
século IX, altura em que foram derrotados pelos quirguizes. Até ao século XII
os mongóis eram um conjunto de vários clãs que formavam uma confederação
«liberal», sem forte concertação nas suas decisões. Só com o aparecimento de
Chinggis Khaan (1162-1227) é que os clãs se uniram de forma mais coesa.
São
um povo orgulhoso do seu passado. Apesar da má publicidade no Ocidente,
Chinggis Khaan, para os mongóis, simboliza a força, união, lei e ordem.
Chinggis Khaan introduziu a escrita na língua mongol e defendeu a tolerância
religiosa. Reuniu os clãs guerreiros e deu-lhes um dos maiores impérios da
história da humanidade.
Os
Mongóis tendem a usar apenas um nome próprio mas, para se distinguirem de
outras pessoas com o mesmo nome acrescentam o nome do pai. Um novo sistema
de registro do governo encoraja-os a usarem o nome do clã: o mais popular é
«Borjigan», do clã de Chinggis Khaan.
A
vastidão da paisagem da Mongólia e as longas distâncias, fizeram com que o
cavalo se tornasse uma peça importante da vida mongol. A reverência pela terra,
produto das crenças xamanistas, sintonizou-os com a natureza.
Este
povo deu origem aos chineses, coreanos e japoneses.
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