terça-feira, 29 de maio de 2012

Introdução


Neste trabalho temos como objectivo explorar o conceito de cultura e o que se relaciona com esta. Pretendemos demonstrar os variados hábitos e pensamentos que exitem nas diferentes culturas das tribos de variadas regiões do mundo. O vestuário, alimentação, arte, economia e tradições são algumas das características que os distinguem.

“O que para nós poderá ser estranho, para eles é completamente normal”.

 A cultura é transmitida pelo homem de geração em geração, porque é uma herança que cada um recolhe – “herança social”. O homem é simultaneamente produtor e transmissor de cultura. No entanto, toda a cultura transcende os indivíduos que a vivem, porque ela permanece no tempo – continuidade da cultura no tempo. A criança quando nasce não possui cultura, mas rapidamente assimila a da sociedade em que está integrada – produto de uma cultura. Por outro lado, a cultura é dinâmica e evolutiva, ou seja, o homem que a herda vai trabalhando-a e alterando-a – produtor de cultura.

O Homem tem simultaneamente capacidade para produzir e destruir cultura (e ainda ser resultado dela). É neste sentido que podemos dizer que o homem é “um animal criador de cultura”, logo a existência da cultura é o testemunho da forma como os homens modificam o seu meio – dinamismo cultural. Existem padrões culturais, ou seja, formas colectivas de comportamentos que enquadram e orientam as acções individuais. A socialização constitui um processo de transmissão cultural.


O que é a cultura?


    A cultura pode ser entendida como o conjunto de valores, normas e bens materiais criados por um determinado grupo de pessoas. Ela refere-se ao modo de vida de uma determinada sociedade, isto engloba a língua falada, as crenças, os costumes, a religião, a ciência, enfim, todas as esferas da atividade humana.
              É evidente que, como seres humanos, independentemente do contexto cultural, temos certos padrões em comum, aplicáveis a quaisquer situações. Por outro lado, há diferenças significativas que trazemos connosco que afectam as nossas atitudes e procedimentos. 









Diversidade Cultural


A diversidade cultural é um caminho que abrange boa parte das pessoas, dando a todos o direito de expressão, proporcionando as muitas sociedades que surgiram separadas e sentindo diferenças culturais o direito de se expressarem através de suas culturas, essas diferenças culturais que existem entre os povos, também fazem com que exista variações na forma de como as sociedades se organizam, e a maneira que interagem no seu ambiente, mudando suas concepções. A diversidade cultural preserva a sobrevivência e a longo prazo as culturas indígenas que são tão importantes para humanidade assim como a conservação de todas as espécies existentes no ecossistema.

No âmbito social e educacional, a diversidade cultural diz respeito a uma coexistência de várias etnias e culturas dentro de uma mesma comunidade, sociedade ou país. As sociedades multiculturais ocidentais foram constituídas especialmente a partir do fim da Idade Média com o tráfico da escravatura, mas também com os fluxos de comércio que levavam à deslocação de bens e pessoas. Mais tarde, a procura de riqueza provocou os fenómenos de colonização, o que levou a que muitas pessoas procurassem, sobretudo no chamado Novo Mundo do continente americano, novas oportunidades de trabalho. Mais tarde, a industrialização criou a necessidade e a oportunidade da migração de muitos povos da África e da Ásia que procuravam trabalho e melhores condições de vida tanto no Novo Mundo como na Europa.



Definições


Interculturalismo:
Ointerculturalismo implica a integração de indivíduos e grupos étnicos minoritários numa sociedade com uma cultura diferente, defendendo assim a ausência de desvantagens sociais e económicas ligadas a aspetos étnicos ou religiosos. O modelo intercultural afirma-se no cruzamento e miscigenação cultural, sem imposições, ou seja é a aceitação e o respeito pelas diferenças. Crer no interculturalismo é crer que se pode aprender e enriquecer através do encontro com outras culturas.

Multiculturalismo:
Multiculturalismo é um termo que descreve a existência de muitas culturas numa localidade, cidade ou país, com no minimo uma predominante. O Canadá e a Austrália são exemplos de multiculturalismo; porém, alguns países europeus advogam discretamente a adoção de uma política multiculturalista. Em contraponto ao Multiculturalismo, podemos constatar a existência de outras políticas culturais seguidas, como, por exemplo, o Monoculturalismo vigente na maioria dos países do mundo e ligada intimamente ao nacionalismo. Pretende a assimilação dos imigrantes e da sua cultura nos países de acolhimento. O Melting Pot, como é o caso dos Estados Unidos, e do Brasil, onde as diversas culturas estão misturadas e amalgamadas sem a intervenção do Estado.
A política multiculturalista visa resistir à homogeneidade cultural, principalmente quando esta homogeneidade é considerada única e legítima, submetendo outras culturas a particularismos e dependência.


Intraculturalismo:
O fenómeno do intraculturalismoocorre quando uma cultura assimila completamente outra.


Padrões culturais:

Formas colectivas de comportamento que enquadram e orientam as acções individuais.
A cultura é transmitida de geração em geração (dinâmica e cumulativa).
A socialização constitui um processo de transmissão cultural.

Etnocentrismo cultural:

Consiste em julgar as outras culturas tomando como padrão os nossos modelos culturais. Quando assumem essa conduta, os indivíduos estão a sobrevalorizar a sua cultura, considerando as outras inferiores. Esse comportamento pode levar ao racismo e xenofobia.

Endoculturação:
Processo de socialização no padrão de cultura de origem.

Aculturação:
Processo de socialização num padrão de cultura diferente.




Distinções Etnicas


Povo Germânico 

           Os povos germânicos não estavam organizados socialmente em Estados, mas em comunidades tribais.
                   A estrutura social básica era a família monogâmica, cujo poder absoluto era confiado ao pai. Depois, vinham os clãs, compostos pela reunião de famílias aparentadas, com ascendentes comuns. Finalmente, vinham as tribos, formadas pelo agrupamento de vários clãs. O órgão público mais importante de cada tribo era a "Assembléia dos Guerreiros", que deliberava sobre assuntos como a declaração de guerra ou de paz, a libertação de prisioneiros, os crimes de traição e a expulsão de membros da tribo.
                 Os germanos não conheciam cidades nem Estado. A mais importante instituição política era a "Assembléia dos Guerreiros" da tribo, que decidia sobre a guerra, a paz, a libertação dos escravos e escolhia o rei, com função religiosa e militar. Os principais chefes desenvolveram o costume de manter uma escolta de guerreiros, ligados ao líder por um juramento de fidelidade. Em caso de ataques e lutas, eram recompensados com o produto das pilhagens, dando origem a uma nobreza possuidora de terras e escravos.





               O indivíduo de maior prestígio social entre os germânicos era o guerreiro.


 Povo Latino

            Os latinos foram um povo de origem indo-europeia que habitou sobretudo a zona centro-meridional da península Itálica. Faziam parte do grupo dos "italiotas", juntamente com os úmbrios, sabinos e volscos. Oriundos da Europa Central, espalharam-se por quase todo o território itálico, em ondas sucessivas. Neste movimento de ocupação, os latinos desempenharam o papel dominante, dinamizando suas ações a partir da aldeia que fundaram e que seria o núcleo inicial do maior império, erguido pelos seus descendentes romanos.


Povo Eslavo 

     Os eslavos são uma ramificação étnica e linguística dos povos indo-europeus, vivendo principalmente na Europa central e oriental. A partir do começo do século VI eles dispersaram-se para habitar a maior parte da Europa central e oriental e os Bálcãs. Muitos estabeleceram depois na Sibéria e na Ásia Central ou emigraram para outras partes do mundo. Mais da metade do território europeu é habitado por comunidades eslavo-falantes.
        Os povos eslavos são classificados geográfica e linguisticamente em eslavos ocidentais (englobando tchecos, eslovacos, morávios, poloneses, silesianos e sórbios), eslavos orientais (englobando bielorrussos, russos e ucranianos) e eslavos do sul (englobando bosníacos, búlgaros, croatas, macedônios, montenegrinos, sérvios e eslovenos).


Povo Grego

             Os gregos são uma nação e um grupo étnico que tem habitado a Grécia desde o século XVII a.C.. Atualmente eles são principalmente encontrados na península grega do sudeste da Europa, nas ilhas gregas e em Chipre.
            Colônias e comunidades gregas foram historicamente estabelecidas em vários pontos do Mediterrâneo, mas o povo grego esteve sempre centralizado em torno do mar Egeu, onde a língua grega tem sido falada desde a antiguidade.



Povo Celta

            Celtas é a designação dada a um conjunto de povos (um etnónimo), organizados em múltiplas tribos e pertencentes à família linguística indo-europeia que se espalhou pela maior parte do oeste da Europa a partir do segundo milénio a.C.
           Existiam diversos grupos celtas compostos de várias tribos, entre eles os bretões, os gauleses, os escotos, os eburões, os batavos, os belgas, os gálatas, os trinovantes e os caledônios. Muitos destes grupos deram origem ao nome das províncias romanas na Europa, as quais que mais tarde batizaram alguns dos estados-nações medievais e modernos da Europa.

 
 
 
Povo Ilírio

            Os ilírios eram um povo indo-europeu que habitou o oeste dos Bálcãs e partes do sul da Itália no início da Era Cristã. Eles falavam línguas que estão agrupadas como línguas ilíricas, um ramo separado do indo-europeu.
            Os ilírios devem ter aparecido na parte ocidental da península Balcânica por volta de 1000 a.C., no período que coincide com o fim da Idade do Bronze e o começo da Idade do Ferro. Os ilírios não eram um corpo unificado mas um grupo de várias tribos diferentes. Essas tribos, contudo, possuiam uma cultura comum e línguas faladas relacionadas.


Povo Turco

            Os povos turcos são povos eurasianos que vivem no norte, centro e oeste da Eurásia e que falam línguas pertencentes à família de línguas turcas ou turcomanas. Estes povos compartilham, em vários graus, certos traços culturais e antecedentes históricos.
          Inclui sociedades existentes tais como os cazaques, uzbeques, quirguizes, uigures, azeris, turcomenos e turcos modernos, assim como as sociedades históricas dos xiongnu, kiptchaks, ávaros, proto-búlgaros, hunos, turcos seljúcidas, cazares, otomanos e timúridas.
          Muitos dos povos turcos têm sua terra natal na Ásia Central, onde eles se originaram. Mas desde então, as línguas turcas se espalharam, através de migrações e conquistas, para outros locais incluindo a atual Turquia na Anatólia.


Povo Basco

          Os bascos são um grupo étnico que habita partes do norte da Espanha e do sudoeste da França. Os bascos, sendo nativos de Navarra, são predominantemente encontrados na região conhecida como País Basco, consistindo de quatro províncias na Espanha e três na França, localizadas em volta da borda ocidental dos Pirineus na região costeira do golfo de Biscaia.

Distinções Religiosas


Cristianismo

         O cristianismo é uma religião monoteísta baseada na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, tais como estes se encontram recolhidos nos Evangelhos, parte integrante do Novo Testamento. Os cristãos acreditam que Jesus é o Messias e como tal referem-se a ele como Jesus Cristo. 
         Com cerca de 2,1 bilhões de adeptos (segundo dados de 2001), o cristianismo é hoje a maior religião mundial. É a religião predominante na Europa, América do Norte, América do Sul, Oceânia e em grande parte de África.
       O cristianismo começou no século I como uma seita do judaísmo, partilhando por isso textos sagrados com esta religião, em concreto o Tanakh, que os cristãos denominam de Antigo Testamento. À semelhança do judaísmo e do islão, o cristianismo é considerado como uma religião abraâmica.

  Judaismo


          O Judaísmo é uma religião que tem como protagonista não um indivíduo mas um povo, o povo hebraico, o povo eleito, escolhido por Deus para iluminar todas as pessoas. 
          É uma religião formada por alguns milhões de pessoas, cerca de 18 milhões, que continuam na diáspora (ou exílio = espalhados pelo mundo sem pátria) à espera da vinda do Salvador, que estabelecerá no mundo o Reino de Deus. 
        O estudo da Torá é o principal dos deveres de um judeu. No livro da Lei estão contidas as 613 obrigações que todo o hebreu piedoso deve observar.
       Quando reza, o hebreu tem a cabeça coberta com o «Talith», um xaile com franjas brancas e pretas, e tem presos à testa e no braço direito as «filactérias», pequenas bolsas que contem orações da Torá escritos em pergaminho.
Hinduismo


      O hinduísmo é uma forma diferente de entender a vida, vêm a vida como um ciclo repetitivo no qual a história humana pouco importa.
     Não tem credo definido, nem hierarquia sacerdotal e nem umórgão governante, mas possuem os suamis (mestres) e os gurus (guias espirituais).
     O hinduísmo possui 330 milhões de Deuses mas todos simbolizam um só, porque estas representações são os poderes que o Deus uno pode ter.
    As raízes do hinduísmo se baseiam nas escrituras sagradas chamadas VEDAS.
    As principais leis para se possuir uma boa conduta são o ainsa e o varna.
   No hinduísmo os animais são sagrados.
Islamismo


       Religião fundada por Maomé, o Islamismo conta atualmente com várias centenas de milhões de crentes, espalhados pelo Médio Oriente, pela Arábia, pelo Norte de África e por parte da África Negra, Turquia e Balcãs, Irão, Afeganistão, antigas Repúblicas Soviéticas, Paquistão, Índia, Malásia, Indonésia e China.

     Há pequenas minorias em países americanos e europeus, em especial na França e na Alemanha. Toda a vida religiosa dos muçulmanos gira em redor do Corão, com base na memória dos discípulos de Maomé. Para a tradição muçulmana não se pode falar de fontes literárias ou orais do Corão; o seu autor é somente Deus, Alá.

        As relações de fundo com os livros sagrados anteriores, a Bíblia de judeus e cristãos, explicam-se pelo facto de Deus ter já anteriormente manifestado a revelação a outros profetas, nomeadamente a Moisés e Jesus. Inicialmente, a propagação do Islamismo fez-se em território de judeus, cristãos e sabeus. Desde o início que a propagação do Islamismo uniu elementos políticos ou comerciais à religião. A rápida expansão inicial do Islamismo constituiu, desde logo, para os muçulmanos, uma prova da proteção divina.
 


Budismo

          Ao contrário do pensamento comum, o budismo não é uma religião, pois não existe um deus criador, porém também não será correcto denominá-la como uma filosofia, pois aborda muito mais do que uma mera absorção intelectual. O Budismo não tem uma definição, tendo aquela que qualquer praticante lhe queira atribuir, contudo poderemos denominá-la de caminho de crescimento de espiritual, através dos ensinamentos dos Buddhas.

Todos os seres sencientes têm o mesmo desejo primordial - seres felizes e livrarem-se do sofrimento. Até mesmo recém-nascidos, animais, e insectos têm esse desejo. É o nosso desejo desde tempos sem inicio e está presente em nós todo o tempo, mesmo quando estamos a dormir. Desperdiçam todo o trabalho da nossa vida para realizar este desejo.


Povo Português


O povo português é a resultante de um longo processo de fusão de povos e de acumulação de culturas. A junção dos Celtas e dos Iberos originaram a maior das tribos ibéricas, os Lusitanos. Mais tarde, as invasões romanas e árabes, respectivamente no século II a.C. e século VIII, foram as que maior influência e mais vestígios deixaram, não tanto na composição somática, mas em especial no que respeita ao aculturamento das populações locais.

No século V, os povos germânicos invadiram o império romano. O que trouxe a Portugal os Suevos e os Visigodos. Estes povos deixaram marcas nas características físicas nas populações do Norte, onde aparecem pessoas com os cabelos e os olhos claros. 

Em geral, o povo português possui o aspecto físico do homem mediterrânico: estatura média, embora a juventude actual tenda a ser mais alta, pele morena num tom mais claro, olhos e cabelos castanhos.

Actualmente, Portugal tem uma população que pouco ultrapassa os dez milhões de habitantes, 10 569,6 era a população estimada no final de 2006.



Religião:
A religião existente predominantemente em Portugal é o Cristianimos, sendo que existem umas minorias de protestantes. Protestantes estes como os Judeus, Muçulmanos, Budistas, Gnósticos e Espíritas, que têm absoluta liberdade de culto.


Habitação:
Existe em Portugal uma grande variedade de habitações tradicionais, desde as casas simples do povo, aos castelos dos tempos medievais, até aos solares e palácios da antiga nobreza.
Mas, falando na vulgar casa tradicional, pode dizer-se que, no Norte, ela é feita geralmente de granito, tem rés-do-chão e primeiro andar, com escadaria externa de acesso e varanda com alpendre. Na parte superior alojam-se as famílias e na parte térrea destina-se aos currais, à adega, celeiro e arrumos.
No centro, à medida que caminhamos para sul, as casas têm ainda primeiro andar, mas a escada é interior e, às vezes, são embranquecidas.
Na planície alentejana as casas são rasteiras, de um só piso, todas imaculadamente brancas.
No Algarve, aparecem dois pormenores interessantes, a lembrar a presença árabe: a chaminé rendilhada, de cunho oriental, e os terraços, em vez dos telhados, conhecidos por açoteias.
Actualmente, a casa tradicional vem perdendo continuidade, e perfila-se na paisagem lado a lado com construções de tipo moderno, algumas até desenquadradas do ambiente.
A casa, nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, lembra a do continente. Os materiais utilizados são os característicos da região, em geral a pedra basáltica, por tratar-se de ilhas de origem vulcânica. Mas também o novo tipo de arquitectura aí chegou, embora mais evidente nas cidades que nos campos. Destaca-se, contudo, na ilha da Madeira, a casa de tecto de colmo, da povoação de Santana.

Casa tipica do norte de Portugal

Casa tipica da região da Madeira

Gastronomia:
Bom gastrónomo é o menos que se pode dizer do português. Todas as regiões têm o seu prato típico, do bacalhau ao borrego, da caldeirada e do cozido à portuguesa às feijoadas, enchidos e leitão, até aos doces de fazer crescer água na boca. E tudo isso regado com o bom vinho de cada região.
A gastronomia portuguesa é bastante marcante e variada, com evidência para as especialidades típicas das diferentes regiões do país, formadas a partir de tradições e ingredientes locais.
Dispondo duma vasta costa, o mar também nos distingue na gastronomia, que tem nos peixes e mariscos, um dos principais atractivos. É uma cozinha de sabor a mar. É o mar que imprime a característica mais marcante à culinária portuguesa.
Uma refeição típica, em Portugal, começa pelos aperitivos que poderão ir de azeitonas (condimentadas com azeite, alho e orégãos, ou simples), enchidos assados, queijos de ovelha ou de cabra, saladas de polvo, de ovas, de orelha de porco, presunto, ou simplesmente pão e manteiga.
Segue-se a sopa, cuja variedade é infindável. Sopas de legumes, de tomate, do "cozido", sopa de marisco, ou algumas das mais famosas: a "açorda alentejana", composta de pão, alho, coentros, azeite, ovo escalfado e água a ferver, ou o nacional "caldo verde", feito de legumes, batata e acompanhado por chouriço.
Na grande maioria dos restaurantes localizados à beira-mar, faz-se sopa de peixe, uma iguaria à base de vários peixes. Existem também sopas que funcionam quase como refeições. É o caso da "Sopa da Pedra", que mistura carnes e batatas no caldo, ou o caso da "Sopa de Cação", especialidade que se encontra normalmente no Alentejo: postas de cação servidas com caldo e pão.
Peixe é uma constante na gastronomia portuguesa, sendo que o grande ênfase vai para as sardinhas, nos meses de Verão e para o bacalhau, presença constante em qualquer altura do ano, sendo mais procurado, no entanto, no Natal.
O azeite português, de grande qualidade, está sempre presente e integra a maioria das receitas de bacalhau em que somos exímios, na forma de o preparar e apreciar.
Apesar de ser conhecido pelo seu peixe, Portugal é também país de carne e a variedade gastronómica que se apresenta é bastante considerável. Porco, vaca, borrego, frango, são algumas das opções. O prato que condensa, na maior parte das vezes, todas estas carnes com excepção para o borrego é o "Cozido à Portuguesa". Feito com carnes de porco, vaca e frango, cozidos, é acompanhado por arroz, batatas, nabos e legumes. A particularidade deste prato é que todos os ingredientes são cozidos na mesma água, ganhando assim um sabor muito especial.
No norte podemos saborear as tripas à moda do Porto, uma variedade de feijoada, que também é feita à transmontana, no interior da região e o "borrego assado à padeiro" acompanhado por batatas assadas.
A doçaria é bastante variada, mas a maior oferta consiste em mousses de chocolate ou caramelo, pudim flã, molotoff ou de ovos, doce de ovos, bolo de bolacha e alguns doces típicos da casa.
Os doces, com raízes nos muitos conventos onde eram preparados, fazem, ainda hoje, "dar graças aos céus". O pastel de nata é um doce quase obrigatório.
A acompanhar as refeições, para além dos refrigerantes, água, ou dos vinhos pelos quais Portugal é bem conhecido, ainda temos a sangria. Uma bebida com menor teor alcoólico, doce, feita à base de vinhos e frutas.
Existem vários tipos de queijo em Portugal. Fabricados com leite de ovelha, vaca, cabra ou de mistura, a consistência da pasta, o paladar e o grau de gordura, variam de região para região.
Têm várias designações, são todos diferentes, e todos são deliciosos. Assim temos: queijo de Azeitão, queijo da Beira Baixa, queijo de Cabra Transmontano, queijo Serra da Estrela, queijo de Évora, queijo de Nisa, queijo do Pico, queijo Rabaçal, queijo de Serpa, queijo da Ilha (S. Jorge), etc.
Portugal tem uma gastronomia tão rica e variada como a paisagem e o património.
 



Costumes:

De brandos costumes, o povo português é comunicativo e acolhedor. Embora não sendo um país de músicos, a música faz parte integrante da vida dos portugueses.
O património de danças e cantares populares é muito rico e variado, ora em ritmos alegres e rápidos, ora melancólicos e dolentes.
O fado é uma das expressões musicais mais apreciadas, quer se trate do fado de Lisboa, quer do fado de Coimbra.
As festas populares e romarias, a maior parte das quais se celebram no Verão, representam um misto de religiosidade e de paganismo. Aí o povo reacende a sua fé religiosa, mas também se diverte, fazendo uma pausa nas preocupações do quotidiano.
Junho é o mês das festas populares - de Santo António, S. João e S. Pedro - patronos de um sem-número de cidades e lugarejos. Festas quase pagãs, onde se salta a fogueira, se dança e se come a bela sardinha assada, as carnes grelhadas e de churrasco.

 

Índios Sioux


Sioux: uma das mais ricas civilizações nativas da América do Norte. É uma das principais tribos dos povos indígenas 


Origem: 
- Durante o processo de dominação da América do Norte, vários povos indígenas entraram em contato com os colonizadores franceses, espanhóis e ingleses. Entre uma infinidade de culturas instaladas naquela região, damos especial destaque aos índios sioux. 
- A origem do termo tem a ver com a expressão serpente e era o termo utilizado pelas tribos inimigas que conheciam esta intrigante civilização. 


Constituição: 
A civilização sioux (ou dakota) é bastante diversificada, e ainda se subdivide em outros três grandes grupos: os tétons, yanktons e santees. Dentro de cada uma dessas divisões temos a presença de uma infinidade de tribos entre as quais se destacavam os hunkpapas, os oglalas e brulés. 


Localização: 
- Em geral as tribos pertencentes à civilização sioux encontravam se na atual região nordeste dos Estados Unidos, local marcado pelas pradarias e os rios da bacia do Missouri e do Mississipi.


Principais actividades económicas:

-  Giravam em torno da agricultura, onde a plantação de milho possuía expressivo destaque. 
- Além disso, realizavam atividades de caça a animais de grande porte como os búfalos e bisões. 
- A caça desses animais envolvia uma grande preparação capaz de exigir a participação de aldeias inteiras
- A carne obtida desse tipo de caça era dividida entre as famílias participantes, os ossos utilizados para o artesanato e fabricação de armas e o couro para a confecção de roupas e tendas.


Historia:  

- Antes da chegada dos colonizadores espanhóis, esta civilização realizava constantes deslocamentos territoriais á procura das manadas selvagens de gado.
- Com o contato com os colonizadores espanhóis, os sioux passaram a utilizar o cavalo nas atividades de caça e, com isso, sofreram um processo de sedentarização. 
- A partir de então puderam gastar mais tempo na realização de rituais religiosos e mágicos.
- Depois do processo de independência dos Estados Unidos, os conflitos entre os colonizadores e os povos sioux aumentaram significativamente. 

A resistência dessa grande civilização indígena prolongou se até o final do século XIX e marcou o processo de destruição das populações nativas da América do Norte.
Atualmente, os remanescentes dos sioux reduzem se a pequenas populações que vivem nos estados de Dakota do Norte e Dakota do Sul.
Eram os mais agressivos contra os brancos e tinham cerimónias que incluíam rituais de tortura como prova de bravura. Num desses rituais, é mostrado no filme “Um Homem Chamado Cavalo” (1970), o índio tinha a pele atravessada por pinos de madeira presos a cordas, que eram estendidas para erguer o corpo até gerar dilacerações. 
   Os sioux resistiram aos brancos até 1890, quando foram massacrados


Rituais: 

- A Dança do Sol era um dos mais importantes rituais praticados pelos povos sioux. 

- Nessa cerimônia havia um processo de autoflagelação em que os participantes cravavam estacas pontiagudas na pele, que ficavam presas a um poste de madeira através de uma tira de couro. 
            Depois disso, ficavam várias horas do dia dançando em torno desse poste, até que a pele se desprendesse da estaca. Nesse momento, o ritual alcançava seu ponto máximo com o contato com os seres do mundo espiritual.

Incas


Origens:

O povo incaico é originário de uma região entre o lago Titicaca e a cidade de Cuzco, no Peru.
O Império Inca foi criado pela civilização inca e foi o maior império da América pré-colombiana. Império que chegou a reunir cerca de 15 milhões de pessoas, de povos com línguas, costumes e culturas diferentes.

Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Onde se encontrava a administração política e o centro de forças armadas do império. 


Historia:  

Na América do Sul, os incas até o século XIV, eram só mais uma tribo indígena espalhada pela cordilheira dos Andes. Mas a partir do século XV expandiram-se, atacando vilas vizinhas. 

Foram um dos povos que dominaram boa parte das Américas antes da chegada dos europeus ao continente, no século XVI.
Os incas expandiram-se por uma área que abrangia desde o sul da Colômbia, passando pelo Equador, Peru, Bolívia e norte da Argentina, até o sul do Chile.  No entanto foram derrotados pelos espanhóis (1532-1535) devido ás epidemias e lutas pela sucessão imperial que deixaram a civilização enfraquecida.  



Sociedade Inca – administração : 

Ø  Para manter o Império íntegro, criou-se uma complexa burocracia administrativa e militar.  

Os cargos administrativos eram distribuídos entre membros da nobreza e acabaram adquirindo hereditariedade. 
O caráter guerreiro do Império privilegiava a formação e educação militar. Como os burocratas, essa camada privilegiada era mantida graças aos tributos arrecadados pelo Estado. 

Ø  Os camponeses, chamados de llactaruna, em troca do direito de trabalho nos ayllus, eram obrigados a cultivar as terras do Inca e dos curacas e a pagar os impostos em mercadorias. Além disso, o estado obrigava-os a trabalhar nas obras públicas, como as pirâmides, caminhos, pontes, canais de irrigação e terraços.  

Ø  Havia também os artesãos especializados, considerados artistas (pintores, escultores, ceramistas, tapeceiros, ourives, etc.), e os curandeiros e feiticeiros (cirurgiões, farmacêuticos, conhecedores de plantas medicinais, etc.). 

Ø  Às vezes algum povo conquistado também se tornava escravo. Eles não trabalhavam na produção, e suas funções eram eminentemente domésticas.



Organização: 

A sociedade era hierarquizada e formada por: 

§ Nobres (governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes) 

§ Camada média (funcionários públicos e trabalhadores especializados) 

§ Classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao rei em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas. 


Economia e agricultura Inca: 

A base da economia inca estava nos ayllu, espécie de comunidade agrária. 
Todas as terras do Império pertenciam ao Inca, logo, ao Estado. Através da vasta rede de funcionários, essas terras eram doadas aos camponeses para a sua sobrevivência. Os membros de cada ayllu deveriam, em troca, trabalhar nas terras do Estado e dos funcionários, nas obras públicas e pagar impostos.

A base da produção agrícola era o milho (alimento sagrado), seguido pela batata, tomate, abóbora, amendoim, etc. Nas áreas mais altas e com dificuldades de obtenção de água, o milho tinha de ser plantado nos terraços feitos nas encostas das serras com canais de irrigação.
A domesticação de ilhamas (animal da família do camelo), vicunhas e alpacas foi importante para o fornecimento de lã, couro e transporte. 
O comércio era muito precário e restringia-se basicamente aos bens de luxo destinados à corte.
A agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados terraços (degraus formados nas costas das montanhas). 


Arte Inca: 

Os incas faziam vários objectos utilizando o ouro, principalmente, esculturas de animais, deuses e representações de elementos da natureza. 
O artesanato inca também foi um elemento importante da cultura. Faziam cestos e redes com fibras vegetais. 
Também pintavam em tecidos, utilizando tintas naturais (sangue de animais, minérios, carvão, etc).
A arte destacou-se pela qualidade dos objectos de ouro, prata, tecidos e jóias.  


Arquitectura Inca: 

Os incas utilizaram a pedra como base das construções.
Embora habitassem uma região montanhosa, onde a dificuldade de construir é maior, construíram templos, diques, canais de água, casas, palácios e observatórios astronómicos. 
            - Para ligar as construções, fizeram uma rede de estradas de pedra. 
A cidade de Machu Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou toda a eficiente estrutura urbana desta sociedade.


Machu Pichu: 

Talvez as maiores produções incaicas estejam relacionadas com a arquitectura e a engenharia. Por meio delas foi possível construir pirâmides, palácios, pontes e caminhos; cidades como Cuzco e Machu Pichu, que reuniam milhares de pessoas e mantinham uma rica ordem urbanística. E os famosos terraços irrigados nas serras e montanhas para a produção agrícola.


Religião: 

A religião tinha como principal deus o Sol (deus Inti). 
Veneravam também animais considerados sagrados como o condor e o jaguar. 
Acreditavam num criador antepassado chamado Viracocha (criador de tudo). 
Grande parte dos rituais religiosos acontecia na cidade de Machu Picchu, o vale sagrado dos incas.
Os sacerdotes tinham a função de ensinar e divulgar, junto com historiadores oficiais, os mitos, lendas e histórias sobre o inca. É interessante notar que existia uma religião para a nobreza e outra divulgada entre a população mais pobre.


Cultos : 
A grande maioria dos cultos e cerimónias religiosas dos incas era em homenagem ao Sol. Os Incas identificavam o seu rei como "filho do sol”. 


Mitologia:
Segunda as lendas incas, o mundo foi criado por Virachocha, o todo poderoso. 
Os incas eram politeístas, pois acreditavam em vários deuses.
Estes deuses incas estavam ligados à natureza. Portanto, havia o deus do trovão, da chuva, do sol, do vento, etc. Porém, o deus mais poderoso e importante era Inti, o deus Sol.
Em homenagem aos deuses, os incas costumam praticar o sacrifício de animais. Isto era feito também para pedir ajuda aos deuses, em momentos de necessidade (seca, guerra, colheita, etc).


Ciência:  
Criaram um interessante e eficiente sistema de contagem: o quipo. Utilizado para controlar o Império onde o Estado inca mantinha um constante censo populacional. 
Este era um instrumento feito de cordões coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo, registavam e somavam as colheitas, habitantes e impostos. 
Mesmo com todo o desenvolvimento, este povo não desenvolveu um sistema de escrita.  


Música Inca: 
Os incas usavam uma espécie de flauta de bambu para tocar músicas. 
As músicas eram criadas para simples diversão ou em homenagem aos deuses e à natureza.


Estudos:
Eles faziam um uso abancado da matemática, conheciam inclusive o zero;
Conheciam muito bem a astronomia, pois o Sol representava o deus mais importante, podendo prever eclipses e fazer calendários; usavam pesos e medidas padronizados.


Língua:  
A língua do império era o quíchua, embora dezenas se não centenas de línguas e dialectos locais eram faladas, destacando-se entre elas a língua aimará, de uma das principais etnias componentes, os Aimarás.

Conclusão
Os incas alcançaram notáveis conhecimentos de astronomia e matemática, além de dominar técnicas complexas de construção, metalurgia e cerâmica. Desenvolveram também técnicas diferentes de agricultura. No entanto sabe se que os povos incas decaíram perante a conquista espanhola.